Normalmente, não costumamos pensar muito na tecnologia na alimentação. Aliás, é justamente o contrário: o padrão é considerar o mercado de alimentação um setor menos tecnológico e mais analógico. Afinal, comida é comida e é sempre igual, correto? Errado. Talvez você sequer perceba, mas existem muitas tecnologias diferentes que mudam radicalmente a maneira como comemos.
A aplicação de novidades tecnológicas no mercado de alimentação começou desde que o “mercado” de alimentação existe. Ou seja: na primeira vez que um ser humano acendeu uma fogueira para cozinhar a carne de uma presa, nós começamos a inserir tecnologia em nossa comida. De lá para cá, evoluímos a passos largos tanto na maneira como preparamos os alimentos, quanto em como os consumimos.
E aí, quer aprender o que vem mudando na tecnologia na alimentação? Então siga a leitura abaixo!
5 mudanças de tecnologia na alimentação
1. Delivery
O delivery é uma tecnologia que poucas pessoas apreciam, mas que tem um potencial absurdamente gigantesco com base nos recursos atuais e nos que virão nos próximos anos.
Aplicativos de delivery, como o Rappi, são mecanismos que interligam restaurantes e usuários. Por funcionarem de maneira digital e considerarem o tempo de entrega para recomendar um estabelecimento ou outro, eles já mudam consideravelmente a lógica de um ponto de restaurante, por exemplo.
Vamos supor que você quis abrir um restaurante em 2007. Nessa época, não existia delivery como existe hoje. Onde você abriria o seu estabelecimento? Provavelmente em uma área com bastante movimento de funcionários de empresas próximas, para ter um público cativo no almoço, ou em uma rua movimentada de noite, para receber o pessoal que sai para jantar com amigos.
No entanto, com o delivery, essa lógica mudou. Sim, esse posicionamento ainda é importante, mas é mais essencial ter um bom posicionamento digital, tendo uma cozinha que esteja em uma via de fácil acesso e próxima dos principais agrupamentos residenciais da cidade, o que aumenta as chances de receber pedidos.
Além disso, o delivery muda como os restaurantes se organizam, como montam cardápios, como pensam pratos. Isso sem falar nas mudanças de hábitos dos consumidores e por aí vai.
2. Controle calórico e de macronutrientes
A preocupação com a alimentação vem crescendo consideravelmente entre os brasileiros, em especial em relação com o peso e a quantidade de calorias consumidas, além dos macronutrientes.
Existem milhões de regimes que são promovidas semanalmente por revistas, jornais e até mesmo influenciadoras, feitas para tentar se promover em cima dessa preocupação do público.
No entanto, apesar desses regimes serem majoritariamente negativos, existe um trabalho científico muito específico e sério em relação ao controle calórico e estudo dos macronutrientes para as pessoas. Isso gera tecnologias que servirão para montar planos de alimentação customizados para cada pessoa, de acordo com suas necessidades e objetivos.
3. Micro e nanoencapsulação
Um processo natural da nossa relação com a comida é o trabalho de desenvolvimento, modificação e otimização de certos ingredientes e alimentos da nossa receita. Hoje em dia (e no futuro próximo), isso será feito majoritariamente pela microencapsulação e a nanoencapsulação. Com essas tecnologias, é possível desenvolver alimentos com propriedades diferentes, mais seguros e saudáveis, com maior durabilidade e até mesmo com a liberação de nutrientes controladamente dentro do corpo.
Isso gera benefícios desde a melhora sensorial dos alimentos (é o primeiro passo para o jiló com gosto de picanha, por exemplo), além de maior durabilidade de itens, controle mais preciso dos valores nutricionais e até a criação de novas percepções ao comer.
4. Imagem química
A imagem química é um recurso industrial que tem um potencial de uso muito grande. Em poucas palavras, trata-se de um mapa de composição de um alimento processado, incluindo sua proteína, gordura, umidade e outros elementos. Com base nessa imagem gerada, é possível entender quais os parâmetros e informações em cada parte do alimento ou ingrediente. Isso permite melhorar a qualidade do que é feito em indústria, melhorar o controle de qualidade em áreas orgânicas e muito mais.
5. Bacteriófagos
Por fim, vale mencionar o estudo de novas técnicas e métodos biológicos na conservação e segurança alimentar. Um exemplo são os bacteriófagos, que são vírus específicos que se comportam de uma determinada maneira e podem gerar efeitos diferentes nos alimentos. Eles podem atuar como um conservador do alimento, mas também como higienização e muito mais. Um exemplo simples é que eles podem ser usados para derrotar a famosa Salmonella.
Pronto! Agora você já conhece alguns usos de tecnologia na alimentação que estão mudando a maneira como pensamos, produzimos, distribuímos e consumimos comidas no Século XXI e nos próximos anos. Por isso, se você pretende entrar no segmento de alimentação, precisa estar a par dessas novidades para colocá-las em prática ou se adaptar a elas, pois elas serão muito importantes nos próximos anos.
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